Ações da Azul (AZUL4) voltam a afundar e vão às mínimas na bolsa

O movimento negativo ocorre após a divulgação do balanço da companhia no 1º trimestre de 2025

As ações da Azul (AZUL4) lideram as perdas do Ibovespa na sessão desta quarta-feira. O movimento ocorre após a divulgação do balanço da companhia.

Segundo analistas, a aérea reportou um lucro antes de juros, depreciação, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) abaixo do esperado pelo mercado, além de ter registrado aumento expressivo nos custos e uma queima de caixa sazonalmente mais alta para o período.

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Por volta das 14h05, os papéis da companhia cediam 14,69%, a R$ 1,21, o que seria a mínima histórica das ações.

Ações AZUL4: o que esperar agora?

Em relatório, o analista Lucas Barbosa, do Santander, afirmou que o Ebitda de R$ 1,3 bilhão ficou abaixo do consenso de mercado e das estimativas da casa. Segundo ele, a entrega de um Ebitda menor do que esperado foi potencializada pelo maior custo operacional dividido pelo total de assentos-quilômetro oferecidos (CASK) geral (+8% a/a), com os custos de combustível aumentando 3% a/a, e em meio à desvalorização do real frente ao dólar. A casa tem recomendação neutra para o papel, com preço-alvo em R$ 6.

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Já o analista da Suno Research, João Daronco, afirma que o balanço não trouxe surpresas e que refletiu a já esperada fragilidade operacional da companhia, que segue pressionada por custos elevados e margens estreitas. Ele destaca o crescente aumento dos prejuízos, que subiu da casa dos R$ 324 milhões para mais de R$ 1,8 bilhão, devido à escalada dos custos operacionais. Em um ano, as despesas passaram de cerca de R$ 1,1 bilhão para R$ 2,4 bilhões.

A tendência, segundo o especialista, é de continuidade de um cenário mais difícil para a aérea. “A companhia tem queimado o caixa operacionalmente e, com isso, necessita ou de um follow-on [oferta subsequente], que já foi feito, ou de captação de novos recursos, e isso aumenta o endividamento e a despesa financeira futura”, aponta Daronco.

Os analistas do JPMorgan, por sua vez, chamaram atenção para a queima de caixa da empresa, sazonalmente mais alta para o período. Segundo Guilherme Mendes e Julia Orsi, a aérea também não atualizou as metas para o ano, mesmo com os resultados do primeiro trimestre, o que tende a piorar a visibilidade dos números em meio a um processo complexo de reestruturação. O banco tem recomendação neutra para os papéis, sem estabelecer um preço-alvo.

Com informações do Valor Econômico

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