Quem é Victor Adler? Investidor agora concentra quase R$ 7 bilhões em ações da Copel

Investidor discreto, Victor Adler aumenta participação na Copel após empresa anunciar nova política de dividendos

Menos de uma semana depois de a elétrica paranaense Copel (CPLE6) anunciar sua nova política de dividendos, o bilionário investidor Victor Adler desembolsou cerca de R$ 7 bilhões para arrematar 17,92% das ações preferenciais de classe A da companhia (CPLE5).

A operação foi comunicada nesta quinta-feira (15) pela Copel, em fato relevante protocolado na CVM.

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No documento, o investidor aponta que a operação foi liquidada na B3 na véspera. Fora adquiridas “ações preferenciais da classe ‘A’ de emissão dessa empresa. Tal participação corresponde a 560.600 ações”. As ações encerraram o pregão no dia a R$ 12,26, o que dá um investimentos estimado em R$ 6,9 bilhões pelo lote.

Segundo Victor Adler, em nota, a “aquisição foi efetuada como estratégia de investimento”. Ainda segundo ele, por meio do aporte ele “não objetiva alterar a administração ou a composição do controle da companhia”.

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Quem é o investidor Victor Adler?

Carioca e advogado, Victor Adler mantém uma estratégia de bolsa semelhante a de Luiz Barsi e Lirio Parisotto, dois investidores que se concentram em empresas com bons fundamentos e boas pagadoras de dividendos.

Adler é conhecido por ser um dos controladores da Eternit (ETER3) e por ter feito aportes significativos na OI (OIBR4) e Unipar (UNIP6).

O septuagenário (no ano que vem ele completará 80 anos) tem um perfil discreto e, segundo uma fonte da Faria Lima, de pouca atuação nas empresas em que investe. “Não vai incomodar ele ter quase 18% das ações”.

Nova política de dividendos da Copel

O que parece ter atraído o interesse (e o bolso) de Victor Adler pelos papéis da Copel foram as perspectivas de pagamento de dividendos da geradora e distribuidora de energia elétrica, que reformulou sua política no último dia 9 de maio.

O conselho de administração da Copel definiu um novo payout mínimo, que subiu de 50% para 75% dos lucros. E determinou que distribuirá dividendos pelo menos duas vezes por ano.

A mudança agradou o mercado. O BTG, em relatório, disse que as mudanças trazem maior previsibilidade para a política de dividendos da empresa.

O banco chegou a dizer que já considerava a Copel com uma ação de dividendo. Mas que até então ela não conseguia negociar na bolsa como se, de fato, assim fosse.

“Assumindo que a companhia pague metade do dividendo extraordinário em cada ano, o dividend yield seria de 10,5% em 2025 e de 12,3% em 2026. Em 2027, sem nenhum dividendo extra (e 100% de payout), o yield seria de 10%, e esse número deveria crescer gradualmente ao longo dos anos posteriores”, destacou o BTG.

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