Dia Internacional da Juventude: como os jovens cuidam do bolso?
Pesquisa mostra que quase metade dos adultos entre 18 e 24 anos não tem controle das finanças

Nesta sexta-feira (12), é comemorado o Dia Internacional da Juventude. A data, criada em 1999 pela Organização das Nações Unidas (ONU), foi instituída para celebrar o papel de quem tem entre 15 e 29 anos (faixa etária considerada jovem pela legislação brasileira) como autores de mudanças.
Além disso, o dia também foi criado para gerar debates sobre os desafios enfrentados pela juventude mundial.
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Como os jovens cuidam do bolso?
Mas para que esses cidadãos tenham de fato forças para enfrentar os percalços do futuro, é necessário, entre diversos fatores, o cuidado com as finanças pessoais, não é mesmo?
Afinal de contas, a educação financeira é a porta de entrada para que os jovens se mantenham estáveis não só em relação ao dinheiro, mas também mentalmente. Já que finanças e saúde mental andam de mãos dadas.
O problema é que a juventude não tem se comunicando muito bem com o dinheiro, foi o que apontou um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o SPC Brasil.
Juventude cada vez mais endividada
A pesquisa, realizada com pessoas entre 18 e 24 anos, conhecida como Geração Z, apontou que 47% dos entrevistados não têm controle de suas finanças. E o resultado disso é o aumento do endividamento.
Isso porque, a falta de planejamento financeiro é considerada um dos principais fatores para que os cidadãos, principalmente os mais jovens, contraiam dívidas e mais dívidas. E o futuro acaba sendo um tanto quanto nebuloso.
Sem esquecer que a tecnologia, ao mesmo tempo que facilita a abertura de contas correntes, por meio das instituições financeiras digitais, por exemplo, também ajuda essa parcela da população a ter maior acesso a cartões de crédito e empréstimos.
E aí, com a falta de uma boa educação financeira, o resultado é o descontrole, e claro, a contração de dívidas.
Tanto que ainda no levantamento feito pela CNDL juntamente com o SPC, foi identificado que 4 em cada 10 jovens tiveram o nome negativado pelo menos uma vez.
E as justificativas são diversas. Desde erros de planejamento, passando pela perda do emprego, até o empréstimo para terceiros.
Tecnologia ajudando jovens no mercado financeiro
Mas nem tudo pode ser considerado obscuro para a Geração Z, ainda mais quando envolve tecnologia. Isso porque, é com a ajuda dos canais digitais, por exemplo, que os jovens conseguem decidir qual o melhor produto para investir, foi o que apontou a pesquisa Raio X do Investidor Brasileiro.
Realizado pela Anbima, em parceria com o Datafolha, o estudo mostrou que 40% das pessoas que fazem parte da Geração Z buscam informações sobre ativos financeiros por meio de aplicativos e sites de bancos e corretoras, além de portais de notícias, fóruns online e blogs.
Além disso, cerca de 54% dos jovens entre 16 e 25 anos usam os aplicativos dos bancos para realizar aplicações, enquanto apenas 3% fazem o aporte financeiro por meio do telefone do banco.
Por que a educação financeira é importante?
Diante de dados como estes que abordam como e de que maneira os jovens lidam com seus patrimônios, o que fica como lição de casa é aquilo que especialistas e nós aqui da Inteligência Financeira sempre falamos: para conseguir um futuro promissor, o ideal é que você tenha um bom conhecimento em finanças.
E para isso, a tecnologia é, mais uma vez, uma ótima aliada. Tanto que ainda na pesquisa feita pela Anbima e o Datafolha, a maioria dos jovens procura informação sobre investimentos nas seguintes mídias:
- YouTube: 59%;
- Instagram: 52%;
- Portal ou site: 32%;
- Facebook: 17%;
- WhatsApp: 22%.
O lance, então, é estar sempre muito bem informado – com fontes seguras, claro – sobre o mundo das finanças. E assim, construir um presente e um futuro melhor em relação ao dinheiro.