Congonhas: veja o que pode mudar com nova concessão do aeroporto

A projeção é que, até 2052, quando o contrato se encerra, a movimentação anual de passageiros salte de 22,68 milhões, em2019 (pré-pandemia), para 35,67 milhões

Com a nova concessão, o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, deverá receber investimentos na ordem de R$ 3,35 bilhões nos próximos 30 anos. Deste valor, R$ 2,5 bilhões serão aplicados até 2027. Entre as principais intervenções previstas está a ampliação do terminal de passageiros, do edifício-garagem e a reformulação e ampliação do pátio de aeronaves.

O aeroporto paulistano foi licitado na última quinta-feira (17), em bloco com outros dez terminais, no Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Pará. O lote foi arrematado pela espanhola Aena que, apesar de ter sido a única interessada, ofereceu uma outorga inicial de R$ 2,45 bilhões para ficar com o contrato, 231% a maior do que mínimo previsto em edital. A concessão terá duração de 30 anos.

A projeção é que, até 2052, quando o contrato se encerra, a movimentação anual de passageiros salte de 22,68 milhões, em2019 (pré-pandemia), para 35,67 milhões.

A estimativa, trazida pelos estudos de viabilidade do projeto, contempla a possibilidade de voos internacionais em Congonhas— com rotas diretas ou indiretas. Hoje, o terminal opera apenas voos domésticos e não possui infraestrutura adequada para rotas ao exterior. Porém, caso haja adequações e se confirme a demanda, o projeto prevê a possibilidade desse tipo de operação ser incluído, ainda que como uma parcela pequena da movimentação total projetada.

Como obrigação, o novo concessionário terá que fazer os investimentos necessários para garantir o atendimento da demandaprevista. O novo projeto do aeroporto ainda não está fechado. Ele ainda será proposto pela empresa à Agência Nacional deAviação Civil (Anac).

Uma perspectiva é que o terminal de passageiros deverá ganhar uma ampliação significativa. Nos estudos de viabilidade elaborados para o edital, a proposta é a expansão do atual terminal e a construção de um novo anexo – que poderá ser conectado ao terminal atual por meio de um túnel subterrâneo. De acordo com o desenho proposto nos estudos, essa expansão se daria em áreas que hoje abrigam instalações de manutenção e prédios administrativos.

Trata-se, porém, apenas de uma proposta apresentada pela equipe que estruturou o projeto, que não necessariamente será seguida pela Aena. Uma vez que a empresa assumir o contrato, deverá apresentar seu projeto e buscar as licenças ambientais necessárias para a obra (etapa que deverá levar cerca de um ano).

A concessão também prevê investimentos voltados à estrutura de carga do aeroporto, com a ampliação do espaço de processamento da carga. Essa etapa deverá se iniciar apenas a partir de 2038.

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